Deputado aponta falta de gestão no Amazonas

Deputado aponta falta de gestão no Amazonas

De acordo com o parlamentar, que é vice-presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Estado (ALE), o Sistema Nacional de Regulação (Sisreg) no Amazonas está funcionando de maneira desorganizada, o que gera atraso de consultas, falta de exames, médicos ociosos e pacientes sem atendimento.

“O Sisreg abre agenda a cada 15 dias e isso impõe ao paciente ir para a fila. Se ele chega mais tarde, não consegue ser atendido. Isso submete o cidadão a sair de madrugada para a fila”, critica Ricardo Nicolau.

O deputado aponta que, atualmente, a rede estadual de saúde utiliza apenas um terço da capacidade por falta de gestão. “Um exemplo: o médico é contratado para atender 16 pacientes, só que as marcações não funcionam. Daí o médico atende oito pacientes e vai embora, lógico, porque não há quem atender. Isso faz o sistema perder vagas já existentes. É desumano, em 2022, ver pessoas nas filas para atendimento médico”, ressalta.

Ainda de acordo com Ricardo Nicolau, é preciso haver uma administração eficiente dos recursos públicos para elevar a qualidade do atendimento prestado à população. Só no ano passado, os recursos destinados para a Secretaria de Estado da Saúde (SES-AM), policlínicas, SPAs e hospitais estaduais somaram mais de R$ 3,1 bilhões e, mesmo assim, há problemas graves na saúde do Amazonas.

“Na administração privada, a empresa tem que ter eficiência, caso contrário, ela vai falir. Não é muito diferente do poder público, que precisa atender bem à população. Assim como o setor privado, o público precisa de metas e qualidade nos serviços. Uma gestão competente vai fazer com que o remédio chegue mais barato no posto de saúde ou no hospital e que não falte. O governo precisa usar melhor os recursos públicos”, diz.

Cobrança

Na sexta-feira, 25, Nicolau (Solidariedade) voltou cobrou do governo do Amazonas mais investimentos para a prevenção do câncer do colo uterino.

“O que me deixa indignado é saber que o Amazonas não investe como deveria nas medidas preventivas e, por conta disso, ocupa o primeiro lugar no ranking. Como venho da área de gestão de saúde, tenho me esforçado para tentar auxiliar as mulheres do nosso Amazonas, em diferentes frentes de trabalho, no que diz respeito à prevenção e ao tratamento deste tipo de câncer”, ressalta.