Organização Social do Delphina recebe meio bilhão desde 2019

Organização Social do Delphina recebe meio bilhão desde 2019

De abril de 2019 até a semana passada, a Organização Social (OS) já recebeu pagamentos que totalizam R$ 515 milhões.
Os dados são do Portal da Transparência do Governo do Amazonas e revelam que os gastos para que o INDSH gerencie o hospital custam R$ 716 mil por dia e quase R$ 31 mil por hora ao erário do Estado, em média.

O contrato foi firmado em abril de 2019 nos primeiros meses do governo Wilson Lima e tem como objeto gerenciamento, operacionalização e das ações e execução de serviços de saúde no Complexo Hospitalar Zona Norte (Delphina Rinaldi Abdel Aziz) e Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Campos Salles.

Em relação aos pagamentos realizados em 2022, a tendência é crescer ainda mais porque a Secretaria de Estado de Saúde (SES) já empenhou R$ 77,8 milhões para destinar ao INDSH. Na última sexta-feira, a SES empenhou R$ 4,5 milhões para ser pago ao instituto.

Comissão

Em setembro de 2020, a CPI da Saúde na Assembleia Legislativa do Estado (ALE) pediu o indiciamento de 16 pessoas apontadas como envolvidas em irregularidades em contrato firmado com a INDSH. Entre os citados até a própria Organização Social de Saúde, por atos de improbidade; além do ex-secretário de Saúde do Estado, também citado no relatório da Comissão por ato de improbidade.

De acordo com a CPI, em março de 2019, o INDSH foi declarado vencedor do certame promovido para selecionar entidade de direito privado sem fins lucrativos para gerenciar o Complexo Hospitalar da Zona Norte. Ainda segundo o relatório, em abril deste ano, a O.S. recebeu R$ 16.919.822,78 por 320 leitos para tratamento e combate à Covid-19. Entretanto, apenas 203 leitos foram disponibilizados.