Professores da rede municipal também querem reajuste, e ameaçam greve.

Na última rodada de negociação, a Semed apresentou uma contraproposta de 5%. Categoria sinaliza com greve caso não chegue a acordoAssim como os professores da rede estadual de ensino, ainda de greve, os profissionais atuantes na rede municipal de Manaus também sinalizam um movimento grevista caso não cheguem em negociação com Secretaria Municipal de Educação (Semed). Nos próximos cinco dias, os professores e técnicos-administrativos da secretaria vão promover assembleias para discutir as propostas apresentadas na última reunião, que aconteceu no fim do mês passado. Em encontros, entre sindicato e profissionais atuantes na área da Zona Oeste e Centro-Oeste da cidade, serão apresentados os dados expostos ao comando de greve pela Secretaria Municipal de Fazenda (Semef) e também o estudo técnico encomendado pelo Sindicato dos Trabalhadores em educação do Estado do Amazonas (Sinteam), referentes às perdas salariais das categorias. A primeira reunião da categoria aconteceu, na tarde dessa quinta-feira (2), na praça de alimentação do bairro Dom Pedro, Zona Centro-Oeste da capital. A categoria reivindica 15% de reajuste, 100% no valor do vale alimentação, entre outras pautas. Na última rodada de negociação, a Semed apresentou uma contraproposta da Prefeitura de Manaus de 5% de reajuste salarial e de 20% de aumento no vale-refeição, o que foi rejeitado pela categoria conforme explicou um dos representantes do comando de greve do Sinteam. "Nesse momento estamos em um impasse técnico, a Prefeitura afirma que não tem recursos e o estudo do sindicato aponta o contrário. Por isso, iremos levar esse debate para o conjunto da categoria e é fundamental a participação de todos os servidores da educação nas assembleias zonais e na assembleia geral", disse professor Jonas Araújo, membro da equipe de negociação. "Na Semed não tem greve, ainda. Estamos tendo alguns debates técnicos e políticos. Fizemos esse estudo e ficou claro que existe margem para pagar esse reajuste sem ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal", explicou o professor. Margem para reajuste De acordo com o estudo técnico apresentado pelo Sinteam, as receitas do executivo municipal tiveram crescimento de 27,7% de 2014 a 2018. No mesmo período, as receitas tributárias aumentaram 33,7 %, as de contribuição 49% e as transferências correntes 28,1%. As receitas de capital também apresentaram alta de 69,3%, assim como as receitas intraorçamentárias que tiveram expansão de 92,6%. Já a dedução para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) teve um crescimento de 23,2% no mesmo período analisado, de acordo com o estudo. O levantamento aponta, ainda, que ocorreu um crescimento de 1,3% na arrecadação municipal no primeiro bimestre de 2019 comparado ao mesmo período de 2018. Além disso, as receitas tributárias cresceram 2,9%, e as transferências correntes tiveram crescimento de 1,1%. Para 2019, a previsão de crescimento das despesas é de 5,5 %, enquanto que o da receita corrente líquida foi estimado em 1,4%, o que levará o indicador de comprometimento de gastos de pessoal, atingir o patamar de 46%, portanto abaixo do limite prudencial de 51,3%.

Professores da rede municipal também querem reajuste, e ameaçam greve.

Assim como os professores da rede estadual de ensino, ainda de greve, os profissionais atuantes na rede municipal de Manaus também sinalizam um movimento grevista caso não cheguem em negociação com Secretaria Municipal de Educação (Semed).

Nos próximos cinco dias, os professores e técnicos-administrativos da secretaria vão promover assembleias para discutir as propostas apresentadas na última reunião, que aconteceu no fim do mês passado.

Em encontros, entre sindicato e profissionais atuantes na área da Zona Oeste e Centro-Oeste da cidade, serão apresentados os dados expostos ao comando de greve pela Secretaria Municipal de Fazenda (Semef) e também o estudo técnico encomendado pelo Sindicato dos Trabalhadores em educação do Estado do Amazonas (Sinteam), referentes às perdas salariais das categorias.

A primeira reunião da categoria aconteceu, na tarde dessa quinta-feira (2), na praça de alimentação do bairro Dom Pedro, Zona Centro-Oeste da capital.  A categoria reivindica 15% de reajuste, 100% no valor do vale alimentação, entre outras pautas.

Na última rodada de negociação, a Semed apresentou uma contraproposta da Prefeitura de Manaus de 5% de reajuste salarial e de 20% de aumento no vale-refeição, o que foi rejeitado pela categoria conforme explicou um dos representantes do comando de greve do Sinteam.

"Nesse momento estamos em um impasse técnico, a Prefeitura afirma que não tem recursos e o estudo do sindicato aponta o contrário. Por isso, iremos levar esse debate para o conjunto da categoria e é fundamental a participação de todos os servidores da educação nas assembleias zonais e na assembleia geral", disse professor Jonas Araújo, membro da equipe de negociação.

"Na Semed não tem greve, ainda. Estamos tendo alguns debates técnicos e políticos. Fizemos esse estudo e ficou claro que existe margem para pagar esse reajuste sem ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal", explicou o professor.
Margem para reajuste

De acordo com o estudo técnico apresentado pelo Sinteam, as receitas do executivo municipal tiveram crescimento de 27,7% de 2014 a 2018. No mesmo período, as receitas tributárias aumentaram 33,7 %, as de contribuição 49% e as transferências correntes 28,1%.

As receitas de capital também apresentaram alta de 69,3%, assim como as receitas intraorçamentárias que tiveram expansão de 92,6%. Já a dedução para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) teve um crescimento de 23,2% no mesmo período analisado, de acordo com o estudo.

O levantamento aponta, ainda, que ocorreu um crescimento de 1,3% na arrecadação municipal no primeiro bimestre de 2019 comparado ao mesmo período de 2018. Além disso, as receitas tributárias cresceram 2,9%, e as transferências correntes tiveram crescimento de 1,1%.

Para 2019, a previsão de crescimento das despesas é de 5,5 %, enquanto que o da receita corrente líquida foi estimado em 1,4%, o que levará o indicador de comprometimento de gastos de pessoal, atingir o patamar de 46%, portanto abaixo do limite prudencial de 51,3%.