Professores: profissionais do Estado entram na segunda semana de greve

Segundo a coordenadora do Asprom/Sindical, Helma Sampaio, 90% das escolas da capital estão com as atividades paralisadas

Professores: profissionais do Estado entram na segunda semana de greve

Manaus - Entrando na segunda semana de greve, os professores da rede estadual realizaram, na manhã desta segunda-feira (22), manifestações em dois locais diferentes, na zona oeste da capital. A categoria reivindica o reajuste salarial de 15% e o governo oferece 3,93%, alegando impedimento por causa da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Os associados do Sindicato dos Professores e Pedagogos das Escolas Públicas do Ensino Básico de Manaus (Asprom/Sindical) se concentraram em frente à sede do governo, na Avenida Brasil, bairro Compensa, zona oeste da capital. Já os profissionais do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam) estiveram na entrada da Ponte Jornalista Phelippe Daou.

A coordenadora geral do Asprom/Sindical, Helma Sampaio, disse que a categoria está realizando um ato público de vigília, enquanto aguarda a resposta do secretário da Fazenda, que confirmou que apresentaria uma contraproposta ainda nesta segunda-feira. "Nós pretendemos ficar aqui até o momento de recebermos a contraproposta, se ela não vier, nós vamos fazer acompanhamento de resistência em frente à sede do governo", afirmou.

Manifestação na entrada da Ponte Rio Negro (Foto: Raquel Miranda)

Segundo a coordenadora do Asprom/Sindical, 90% das escolas da capital estão com as atividades paralisadas. "Os professores estão na rua, participando ativamente. Por isso que os pais não devem mandar não podem enviar seus filhos às escolas, pois eles ficam ociosos, pode acontecer algum problema", acrescentou.

Apesar de os sindicatos terem começado as atividades em locais distintos, Helma afirmou que o objetivo da categoria é a unificação dos sindicatos. De acordo com ela, uma carta aberta foi enviada a diretoria do Sinteam, sugerindo a unificação, mas não obtiveram retorno.

"A categoria de base quer a unificação, nós estamos aqui de braços abertos, sem problema nenhum, para receber o outro sindicato. Vamos juntos lutar pela nossa categoria, afinal, são 36 mil trabalhadores, pais e mães de família que merecem nosso respeito", disse.

O Sinteam, que iniciou a manifestação na Ponte Phelippe Daou, seguiram em passeata até à sede do governo. Segundo o secretário de finanças do sindicato, Cleber de Oliveira, 70% das escolas estão paralisadas na capital, além de 40 municípios do interior que aderiram à greve.

"É necessário que o governador sinalize e receba o comando de greve do Sinteam, para que possamos retomar as negociações. Nós entendemos que é necessário fazer todas essas manifestações, para que o governador nos receba", pontuou.