Eleitor evangélico ganha destaque

Eleitor evangélico ganha destaque

Interlocutores do chamado polo democrático – grupo que reúne seis possíveis candidatos à Presidência, inclusive o apresentador Luciano Huck e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) -, propõem um “amplo debate” com os evangélicos. Um dos integrantes do polo afirmou, no entanto, que ainda “vai chegar a hora” de avançar nessa articulação ainda tímida. O grupo lançou um manifesto em defesa da democracia no fim de março, que também foi assinado pelo ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT), pelo ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM), pelo governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), e pelo ex-candidato do Novo ao Planalto, João Amoêdo.

“Por enquanto, não tem ninguém que possa fazer frente a Bolsonaro no mundo evangélico. Ninguém”, disse o pastor Silas Malafaia, que lidera desde 2010 a Assembleia de Deus Vitória em Cristo. “Eu conheço essa turma toda, as grandes lideranças (evangélicas). Não conheço um líder desses que esteja conversando com outro (presidenciável) ou apoiando outro”, afirmou Malafaia ao Estadão. “Das grandes lideranças, 99% apoiam Bolsonaro.”

Malafaia citou os pastores José Wellington Bezerra da Costa e Manoel Ferreira (Assembleia de Deus), Edir Macedo (Igreja Universal do Reino de Deus), R.R. Soares (Igreja Internacional da Graça de Deus) e Valdemiro Santiago (Igreja Mundial do Poder de Deus) como apoiadores de Bolsonaro, entre outros. Como revelou o Estadão, pesquisa Ipec divulgada no mês passado, com foco no potencial de votos de cada presidenciável, mostrou que a maioria dos simpatizantes de Bolsonaro (53%) é evangélica. “Sabemos da luta ideológica dele”, disse o deputado e teólogo Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ).