Bolsonaro diz que Weintraub e Salles não são criminosos e critica Celso de Mello por divulgar vídeo

Presidente da República disse que em reuniões interministeriais, como a registrada na gravação tornada pública, são reservadas e cada um pode falar o que bem [...]

Bolsonaro diz que Weintraub e Salles não são criminosos e critica Celso de Mello por divulgar vídeo
Presidente da República disse que em reuniões interministeriais, como a registrada na gravação tornada pública, são reservadas e cada um pode falar o que bem entende. O presidente Jair Bolsonaro defendeu nesta quinta-feira (28) seus ministros Abraham Weintraub (Educação) e Ricardo Salles (Meio Ambiente) diante de declarações dadas por eles na reunião interministerial realizada no dia 22 de abril.

"O criminoso não é o Weintraub, não é o Salles, nao é nenhum de nós. A reponsabildiade de tornar público aquilo é quem suspendeu o sigilo de uma sessão cujo video foi chancelado como secreto", disse Bolsonaro.

O vídeo da reunião foi tornado público na última sexta-feira (22) por decisão do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF). A gravação integra inquérito que apura as acusações feitas pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro como prova de que Bolsonaro tentou interferir politicamente na PF.

Na reunião, entre outras afirmações, o ministro da Educação disse que, por ele, "botava esses vagabundos todos na cadeia, começando no STF".

VÍDEOS: assista à ÍNTEGRA da reunião entre Bolsonaro e ministros

O ministro do Meio Ambiente, por sua vez, disse que o governo deveria aproveitar o momento em que o foco da sociedade e da mídia está voltada para o novo coronavírus para mudar regras que podem ser questionadas na Justiça.

Nesta quinta-feira, na saída do Palácio da Alvorada, Bolsonaro disse que em reuniões, como a registrada no vídeo, são reservadas e cada um pode falar o que bem entende.

Respeitei a decisão do Celso de Mello, quer divulgar o que eu falei, fique a vontade, mas os ministros não. A responsabilidade do que se tronou publico é do ministro celso de mello. Não prossigam com esse inquérito, a não ser que seja pela lei de abuso de autoridade. Ta la, um a quatro anos de denteção

Bolsonaro repetiu que a reunião foi gravada para que, "como de praxe", parte pudesse ser usada nas redes sociais e, na sequência, a "fita" fosse destruída.

"Um ministro do STF resolveu suspender o grau de sigilo, expondo uma reunião presidencial. E a partir disso, ouvir ministro meu, com ameaça de prisão de até 20 anos? Eu peço que reflitam!", completou o presidente.