Nunes Marques pede vista e adia decisão sobre parcialidade de Moro

Nunes Marques pede vista e adia decisão sobre parcialidade de Moro

O julgamento foi iniciado em 2018 e teve dois votos contra o pedido, o do relator da ação, o ministro Edson Fachin, e o da ministra Cármen Lúcia.

A análise foi retomada nesta terça com o voto do ministro Gilmar Mendes, que foi a favor do pedido de Lula. Ele apontou que Moro agiu de forma parcial e com interesses políticos para condenar o ex-presidente.

A ministra Cármen Lúcia, que recentemente proferiu decisões indicando que desembarcou da ala lavajatista do Supremo, afirmou que tem um voto escrito para o julgamento e que vai esperar a análise de Nunes Marques. Como ela pode mudar seu voto e colocar-se a favor do pedido de Lula, não será possível determinar o resultado do julgamento nesta quarta.

Após as manifestações de Nunes Marques e Cármen Lúcia, o ministro Ricardo Lewandowski iniciou seu voto.

Anulação

O julgamento acontece um dia após o ministro Edson Fachin anular as condenações do ex-presidente Lula na Operação Lava Jato, apontando que a 13ª Vara da Justiça Federal em Curitiba não tinha competência para analisar casos que não tinham ligação comprovada com o objetivo da operação, que era a apuração de ilícitos envolvendo a Petrobras. Os processos serão assumiados pelo TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região), no Distrito Federal.