Hidroxicloroquina não elimina novo coronavírus em pacientes leves a moderados, mostra estudo

A pesquisa, porém, é aberta -não há grupos "cegos" que não sabem se estão tomando o remédio de fato ou um placebo, para evitar possíveis [...]

Hidroxicloroquina não elimina novo coronavírus em pacientes leves a moderados, mostra estudo

A pesquisa, porém, é aberta -não há grupos "cegos" que não sabem se estão tomando o remédio de fato ou um placebo, para evitar possíveis vieses.

Entre os pacientes, 75 receberam hidroxicloroquina (1.200 mg por três dias e 800 mg diárias por até três semanas, dependendo do caso) mais o tratamento padrão, sintomático. Os outros 75 foram submetidos somente ao tratamento padrão.

Os pesquisadores avaliaram se o Sars-CoV-2 persistia nos pacientes. Para isso, faziam uso de exames PCR na avaliação dos pacientes e depois nos dias 4, 7, 10, 14, 21 e 28. Quando dois exames seguidos, com 24h de diferença, davam negativo e nenhum seguinte vinha positivo, considerava-se que o vírus não estava mais presente. Além disso, também eram coletados dados vitais dos pacientes.

Foi observado que 109 pacientes tiveram resultado negativo para Sars-CoV-2 bem antes dos 28 dias determinados no estudo. Destes, 56 faziam parte do grupo controle (o que recebeu tratamento padrão) e 53 haviam recebido hidroxicloroquina além dos cuidados normais.

Com isso, segundo os cientistas, a probabilidade de em até 28 dias a pessoas ter resultado negativo para o vírus era 85% no grupo que recebeu hidroxicloroquina e 81% no grupo de tratamento padrão, ou seja, um resultado similar.

Segundo os pesquisadores chineses, os resultados não apontaram que a hidroxicloroquina, aliada ao tratamento padrão, traga benefícios na eliminação do vírus do corpo da pessoa.

Eles perceberam também mais eventos adversos gastrointestinais nos pacientes que receberam a droga.