CPI apura mais desvios em contratos
Ainda de acordo com depoimento do médico, os valores cobrados por ele para oferta de exames foram diferentes do valor unitário R$8.868 por procedimento de conização e colposcopia declarado e pago em processo. "O médico afirmou à essa CPI que cobrou R$700 pela colposcopia com biópsia, R$640 sem biópsia e R$1.5mil pela conização. Total completamente inferior ao pago. Prova clara de fraude, corrupção na prestação de serviço por parte da empresa contratada. E ainda há pessoas que tentam colocar em xeque o trabalho desta CPI. O que temos mostrado à população é essa corrupção que ronda nossa saúde do Estado há tantos anos", concluiu.
Ainda nesta terça-feira, a ex-secretária executiva Maria de Belém Martins Cavalcante também prestou depoimento à CPI da Saúde. Na ocasião, ela negou ter assinado à época processo indenizatório que garantiu pagamento dos exames de saúde. No entanto, confirmou ter retornado à Susam, um ano depois e a pedido do setor financeiro de outra gestão, para atestar processo já pago. "Ela foi chamada para atestar processo da época que ela era secretária e já tinha, inclusive, sido pago mesmo sem a assinatura dela. A Susam alegou que ela precisava assinar, não só esse, mas outros processo também, para que eles pudessem arquivá-los. Tendo como base essa declaração dele que aprovamos hoje mesmo requerimento que convoca a senhora Priscila Augusta Lira de Castro, senhora do financeiro que a teria chamado; o senhor Francisco Deodato Guimarães, secretário da Susam nesta época e, ainda, o secretário da Sefaz da época, Francisco Arnóbio; para que esclareçam, inclusive, o porquê desde arquivamento tardio de processos", concluiu Péricles.
Para esta quarta-feira (5), estão confirmados os depoimentos do sócioadministrador da empresa Mene e Portela Publicidade Ltda, Túlio Mene Melo, às 15h; e Márcia da Cruz Gordinho, Sócia-Administradora da empresa Márcia da Cruz Gordinho, às 16h30, que deverão prestar esclarecimentos sobre a suspeita de triangulação, com fornecedores do Estado, para que a marketeira Carla Pollake fosse paga com recursos públicos por serviços pessoais prestados ao atual governador.