Fiocruz quer recursos de fundo da Petrobras para ações contra o novo coronavírus
Fundação pediu ao STF para receber parte da verba recuperada na Lava Jato. Dinheiro será usado para construir unidade de saúde no RJ e centro de pesquisas, diz [...]
Fundação pediu ao STF para receber parte da verba recuperada na Lava Jato. Dinheiro será usado para construir unidade de saúde no RJ e centro de pesquisas, diz Fiocruz. Treinamento de diagnóstico do novo coronavírus na FiocruzJosué Damacena/IOC/FiocruzA Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta-feira (19), que parte dos recursos recuperados da Petrobras a partir da operação Lava Jato seja destinada a medidas de combate ao coronavírus. Segundo a fundação, com sede no Rio de Janeiro, o dinheiro será "fundamental na realização de investimentos das ações necessárias nos diversos campos da instituição e no seu apoio ao Ministério da Saúde, especialmente, neste momento em que foi decretada a pandemia em relação ao COVID-19 (Coronavírus), uma crise de saúde pública de enorme proporção internacional".A Fiocruz propõe usar esses recursos, por exemplo, para a construção de uma unidade de saúde com 200 leitos no Rio de Janeiro, além da capacitação de profissionais de saúde e a construção de um centro de apoio às pesquisas em relação à doença. A fundação não estipula valor específico no pedido. A análise ficará a cargo do ministro Alexandre de Moraes, relator das ações ligadas ao fundo no STF.Fundo da PetrobrasEm 2019, Alexandre de Moraes validou acordo para a utilização dos recursos do fundo PetrobrasOs recursos recuperados da Petrobras somam R$ 2,6 bilhões e já tinham sido divididos em setembro do ano passado, quando o relator de uma ação sobre a destinação do fundo, o ministro Alexandre de Moraes, validou os termos de um acordo para a distribuição da verba. Pelo acordo, o dinheiro foi destinado à ações de educação, ciência e tecnologia e para os estados da Amazônia, para combate a desmatamentos e incêndios. A Fiocruz não está incluída no rol dos beneficiários – por isso, pediu inicialmente a participação na divisão dos recursos em dezembro do ano passado. Na época, a instituição se comprometeu a usar o dinheiro para projetos educacionais e científicos e também não falou em valores específicos.Agora, a fundação reiterou o pedido, desta vez informando que pretende usar nas ações de combate ao coronavírus. Não há prazo para que o Supremo tome uma decisão sobre o tema.Initial plugin text