Relatada por um deputado do mesmo partido de Nogueira, o arcabouço fiscal teve a urgência aprovada na Câmara dos Deputados na última quarta (17/5) sob o mentoria de Cláudio Cajado (PP-BA) e, após aprovação do mérito da matéria, ela seguirá para o Senado. Para o parlamentar piauiense, se o novo marco fiscal passar pelo crivo do Congresso, será apenas “meia vitória” do governo Lula.
“O arcabouço do governo vai ter uma meia vitória. A forma como ele encaminhou o arcabouço para o Congresso foi até inacreditável. Não devia ter se chamado nem arcabouço, deveria ser “pedalada fiscal”. O relator, que é um homem experiente até do meu partido, um brilhante deputado, o Cláudio Cajado, melhorou muito o [texto] do arcabouço”, disse.
“Mas, no meu ponto de vista, ainda não é o ideal. Deixou muitas pontas soltas. Nós temos um governo que só pensa em gastar, não pensa em cortar despesas e com isso, fatalmente acarreta inflação, acarreta aumento de taxas de juros, acarreta desconfiança, principalmente no cenário internacional, com o nosso país. Não é tarefa fácil melhorar ainda para tornar mais rígido esse arcabouço fiscal para o bem do Brasil”, completou Ciro.
Veja:
A urgência do novo arcabouço fiscal foi aprovada com 367 votos favoráveis e 102 contrários. Com orientações favoráveis, estiveram as bancadas do PT, PSD, PSB, MDB, União, PP, PSDB, Cidadania, Republicanos, Podemos, PSC, PCdoB e PV. Entre os contrários, estão o partido Novo e PL, além dos governistas PSol e Rede.
A matéria, dessa forma, não precisará ser discutida em comissões e poderá ser levada diretamente ao plenário, provavelmente na próxima semana.
O novo arcabouço é considerado essencial para o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) continuar promovendo sua agenda de investimentos, de forma a superar o teto de gastos, adotado ainda no governo Temer, em 2017.
Veja a íntegra da entrevista:
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