"Quando uma pessoa incomoda muita gente. Trabalhar que é bom? Nada", escreveu a ex-primeira-dama em postagem no Instagram, com uma figurinha de um bicho-preguiça e a música "Me esqueça", da dupla sertaneja Guilherme e Santiago.
Na quarta-feira (3/5), o tenente coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), e outros dois assessores do ex-presidente foram presos.
Também foram realizadas buscas na casa do ex-presidente da República em Brasília, ocasião em que o celular dele foi apreendido pelos agentes da PF. A suspeita é de que os cartões de vacinação de Bolsonaro e pessoas do entorno do ex-mandatário teriam sido falsificados.
Governo lançou campanha
Na noite de quarta, o perfil oficial no Instagram do governo brasileiro fez uma publicação na qual lembra que alguns países ainda exigem o protocolo de vacinação para que brasileiros possam visitar.
O post também pontua a importância de que todos se vacinem para a saúde pública: "Tomar vacina, gostoso demais", diz o texto, acompanhado por um desenho do Zé Gotinha em um avião.
Veja o post do governo e a reação de Michelle Bolsonaro:
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Michelle, que hoje é a presidente nacional do PL Mulher, confirmou nesta semana que apenas ela tomou a vacina contra a Covid-19. Ela foi imunizada em viagem aos Estados Unidos, em setembro de 2021.
O ex-mandatário e a filha do casal, Laura, de 12 anos, não teriam sido vacinados. Desde o início da pandemia, Bolsonaro se posicionava contra a imunização e questionava a eficácia dos imunizantes.
Bolsonaro e filha Laura tiveram cartões de vacina contra Covid alterados
A operação
A Polícia Federal deflagrou a "Operação Venire", cujo nome deriva do princípio "Venire contra factum proprium", que significa "vir contra seus próprios atos", "ninguém pode comportar-se contra seus próprios atos". É um princípio-base do direito civil e do direito internacional que veda comportamentos contraditórios de uma pessoa.
Segundo a PF, os suspeitos da fraude inseriram dados falsos de vacinas contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde entre novembro de 2021 e dezembro de 2022.
O objetivo foi emitir certificados falsos de vacinação para pessoas que não tinham sido imunizadas e, dessa forma, permitir que elas pudessem viajar e acessar locais onde a imunização era obrigatória.
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