“Eu não sei se ele vai gerar uma crise sistêmica. Aparentemente, não. Não vi ninguém ainda tratar desse episódio como um Lehman Brothers, mas o fato é que é grave o que aconteceu”, disse, em evento organizado pelo Valor Econômico e o jornal O Globo.
Haddad passou o fim de semana conversando com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e com representantes de bancos brasileiros para colher a percepção de risco no exterior. “Precisa ver se a autoridade monetária do Brasil vai ter de tomar alguma providência em virtude dos efeitos sobre as economias periféricas”, afirmou.
Apesar de considerar que a quebra do banco SVB não vá causar um efeito cascata, Haddad avalia que não há informações suficientes para comprovar se a crise é setorial ou não. “Isso não está claro ainda, é o que vamos acompanhar ao longo do dia”, completou.
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Haddad lembrou que o SVB é um banco regional, com sede na Califórnia. “O Silicon Valley não é um banco estruturante, é um banco com a carteira descasada”, declarou.
BC e Fazenda
Haddad relatou ter passado o fim de semana conversando com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e com bancos brasileiros para colher a percepção de risco. “Passei o final de semana com a autoridade monetária a tenho falado com o sistema financeiro brasileiro para saber qual a percepção de risco”, disse, sem dar mais detalhes.
“Precisa ver se a autoridade monetária do Brasil vai ter de tomar alguma providência em virtude dos efeitos sobre as economias periféricas. Isso não está claro ainda, é o que vamos acompanhar ao longo do dia”, afirmou.
Haddad aguarda a volta de Campos Neto da Suíça, onde está em reunião do Banco de Compensações Internacionais (BIS) para discutir o tema. Além disso, ele assume como presidente do Conselho Consultivo das Américas (CCA), do BIS.
O que faz o SVB
O SVB era especializado no segmento de startups e empresas de tecnologia, e ficou sem caixa após uma corrida de saques de clientes. Oficialmente, o banco foi a maior instituição financeira dos EUA a entrar em falência desde o caso do Lehman Brothers, de 2008. Na ocasião, a derrocada do banco criou uma crise no setor de hipotecas americano.
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