O representante do governo Joe Biden desembarcou em Brasília no domingo (26/2) para uma agenda ampla na capital federal. Segundo a embaixada dos Estados Unidos no Brasil, a visita de Kerry ao país tem como objetivo discutir como os dois países podem colaborar em três eixos centrais: combate à crise climática, fim do desmatamento ilegal e transição energética.
O representante de Biden entrou no Palácio do Itamaraty às 11h08, acompanhado da embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Elizabeth F. Bagley, cinco minutos após a presença da titular do Meio Ambiente. Alckmin foi o primeiro a chegar.
A expectativa é de que o enviado de Joe Biden discuta detalhes sobre o investimento do governo norte-americano no Fundo Amazônia. No início do mês, o presidente Joe Biden, anunciou interesse em colaborar financeiramente com o mecanismo, contudo, não especificou o valor do investimento.
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Na sequência, está previsto um encontro ampliado com outros membros do governo. A partir das 13h, haverá um almoço no Palácio do Itamaraty em homenagem ao representante americano. À noite, Kerry será recebido na embaixada dos Estados Unidos para um jantar com autoridades brasileiras e norte-americanas.
Além do encontro com Alckmin, Marina e Ana Laura, o enviado de Joe Biden também deve se reunir com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, com a ministra dos povos indígenas, Sônia Guajajara, e com o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante.
Antes de deixar o Brasil, na terça-feira (28/2), Kerry será recebido por Marina na sede do Ministério do Meio Ambiente.
Fundo Amazônia
Na última semana, a embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Elizabeth Frawley Bagley, afirmou que a Casa Branca e o Congresso dos Estados Unidos iriam definir, “nas próximas semanas”, o valor aportado ao Fundo Amazônia.
“Ficamos muito felizes de fazer parte [do fundo]. O Congresso dos Estados Unidos vai tomar as decisões, e eles poderão e farão a determinação dos valores exatos autorizados, a Casa Branca e o Congresso. Primeiro, a Casa Branca, e depois, o Senado, trabalharão juntos para estabelecerem os valores exatos”, declarou a embaixadora, durante coletiva de imprensa.
Criado em 2008 para financiar projetos de redução do desmatamento e fiscalização do bioma, o Fundo Amazônia esteve paralisado entre 2019 e 2022, na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ao tomar posse em janeiro deste ano, o presidente Lula determinou a reativação do fundo.
Com a nova determinação, os principais doadores internacionais do mecanismo – Noruega e Alemanha – anunciaram a retomada dos repasses. A União Europeia também anunciou intenção de contribuir com o fundo, conforme anunciou a chanceler da França, em visita a Brasília também este mês.
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