Lula pode derrubar lei criada para combater corrupção em estatais
De acordo com os analistas da casa, um dos primeiros atos de Lula, em seu novo mandato, poderia ser o envio de uma Medida Provisória alterando a regra aprovada em 2016.
O objetivo, diz a consultoria, seria acabar com entraves que não permitiriam a indicação de nomes de núcleos políticos para empresas controladas pela União, como Petrobras, Banco do Brasil e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
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Circulou em Brasília nesta semana o rumor de que Lula pretende indicar Aloizio Mercadante ou para o comando da Petrobras ou para o do BNDES, mas o regramento previsto na Lei das Estatais pode travar a posse do político petista. Jean Paul Prates, outro nome cotado para a Petrobras, também poderia enfrentar resistência.
“A Lei das Estatais estipula rígidos parâmetros para as empresas públicas, e o PT a critica de forma contumaz desde a criação”, observa a Eurasia, em relatório.
O envio de uma Medida Provisória anulando a Lei não enfrentaria obstáculos práticos e políticos. Primeiro porque a MP ganha validade a partir do momento em que é publicada e deve ser avaliada pelo Congresso em até 120 dias.
E é aí que entra a segunda “facilidade”: é de total interesse da maioria dos parlamentares da base do governo acabar com os entraves gerados pela regra, que foi criada em 2016 com o objetivo de coibir episódios de influência política em empresas públicas, como amplamente demonstrado pela operação Lava-Jato.
“Os partidos de centro exigirão indicações e garantias por parte do governo de que vão continuar controlando uma grande parte do Orçamento”, explica a Eurasia.
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