Hebe de Bonafini era líder do movimento de mães que se reunia para protestar na Praça de Maio, na capital argentina de Buenos Aires. Ela foi internada recentemente, mas a causa da morte não foi divulgada.
Os dois filhos de Hebe foram sequestrados em 1978 e nunca mais foram encontrados, assim como a nora dela no ano seguinte. A ditadura argentina matou cerca de 30 mil pessoas.
As Mães da Praça de Maio estão presentes no filme recente “Argentina, 1985”, lançado em setembro na Amazon Prime, que conta a história do julgamento que parou o país para condenar os comandantes militares responsáveis por execuções e desaparecimentos forçados.
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Repercussão
Lideranças políticas argentinas se manifestaram nas redes sociais após o anúncio da morte de Hebe de Bonafini.
“Deus te chamou no Dia da Soberania NacionalÂ… Não deve ser coincidência. Simplesmente obrigada e até sempre”, escreveu a vice-presidente Cristina Kirchner no Twitter.
O presidente Alberto Fernández se referiu à ativista como uma incansável lutadora e decretou luto de três dias.
Evo Morales, presidente da Bolívia, também lamentou: “Sua luta incansável e incorruptível contra as ditaduras pela memória, verdade e justiça é um exemplo para as novas gerações”.
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