Thiago chegou a deixar a direção da unidade prisional após a morte do jovem detento, mas nesta terça-feira (8/11), o governo do Tocantins nomeou o servidor para o cargo de gerente de Políticas de Alternativas Penais.
As autoridades abriram investigações para esclarecer o motivo da morte de Briner e se houve negligência. Ele ficou preso um ano acusado por tráfico de maconha. Após conseguir provar a inocência e ser absolvido pelo judiciário, o motoboy morreu no dia que seria solto.
Revolta
Familiares e amigos de Briner ficaram revoltados com a promoção do ex-diretor do presídio em que o jovem morreu.
“A vida do meu irmão não valeu nada para ele, não valeu nada para o Estado. Simplesmente revoltante”, disse Beatriz Bitencourt, irmã de Briner.
O Metrópoles entrou em contato com a Secretaria de Cidadania e Justiça do Tocantins, mas não houve retorno até a última atualização desta reportagem.
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Relembre o caso
Briner morreu na madrugada de 10 de outubro em uma unidade de saúde de Palmas. O alvará de soltura foi emitido na tarde do mesmo dia. O jovem estava reclamando de dores no corpo há 15 dias e foi levado para a unidade de saúde poucas horas antes de morrer, quando começou a passar muito mal.
“É algo bem inexplicado. Deveria ter sido dado atendimento, verificar com mais atenção o que gerou a causa da morte. Pedimos que seja feita a autópsia do corpo. Queremos saber o que aconteceu. É o mínimo que o Estado pode responder. A mãe do Briner falava que iam fazer um almoço quando ele saísse”, disse a advogada Lívia Machado Vianna ao Metrópoles, na semana da morte do jovem.
Segundo perícia criminal, Briner morreu por conta de problemas pulmonares. O laudo indicou como causas da morte tromboembolismo pulmonar, infarto pulmonar, Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica (SIRS) e pneumonia bacteriana
O motoboy foi preso em outubro de 2021 porque a polícia encontrou 88 pés de maconha em uma parede falsa do imóvel que ele morava. No entanto, a advogada conseguiu provar que Briner vivia em uma parte separada do imóvel, sem acesso a essa droga. O Tribunal de Justiça do Tocantins absolveu Briner no dia 7 de outubro e o alvará de soltura saiu três dias depois.
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