Empresa alvo da CPI da Saúde fatura R$ 21 milhões no Amazonas

Empresa alvo da CPI da Saúde fatura R$ 21 milhões no Amazonas

A empresa tem contrato com Hospital de Isolamento Chapot Prevost; Maternidade Balbina Mestrinho; Hospital Geral Dr. Geraldo da Rocha; Secretaria de Estado de Saúde; Serviço de Pronto Atendimento e Hospital Dr. Aristóteles Platão Bezerra de Araújo; Instituto de Saúde da Criança do Amazonas; e Hospital e Pronto Socorro Dr. João Lúcio Pereira Machado.

Chama atenção os pagamentos que a Prime recebeu sem formalização de contrato. Levantamento da coluna do jornalista Alex Braga revela que a Prime presta serviços ao Hospital Francisca Mendes desde o ano passado, através de dispensa de licitação.

Somando os valores recebidos em 2020 e neste ano, “a empresa possui empenhado com o governo do Amazonas mais de R$ 3 milhões, deste montante, já recebeu em caixa mais de R$ 2,7 milhões”, de acordo com o colunista.

Comissão

As polêmicas envolvendo a empresa não são novidades e ganharam holofotes em agosto do ano passado, quando o proprietário da Prime, Rafael Silveira, ex-sócio do empresário Sérgio Chalub nas empresas Líder Serviços e Petro Serviços (atual Prime) falou sobre sua sociedade com o empresário Chalub.

Na época, o deputado estadual Wilker Barreto afirmou que a Prime Serviços é investigada por prestar serviço no governo com atestado de capacidade técnica falso.

No relatório final da CPI da ALE, a empresa Prime Serviços foi indiciada por improbidade administrativa.

No depoimento, o empresário afirmou desconhecer informações sobre alguns pontos da empresa e afirmar que seu ex-sócio, Sérgio Chalub, era quem assinava as documentações da empresa, Barreto afirmou que o desconhecimento de Rafael custou quase R$ 2,5 milhões ao Estado em transferências e movimentações suspeitas feitas pela empresa.
Durante oitiva, Rafael explicou que foi sócio da Petro Serviços (atual Prime) juntamente com Sérgio Chalub até 24 de junho de 2019, quando encerraram a parceria após divergências.

Depois desta data, o depoente mudou o nome da empresa para Prime Serviços e realizou análises de movimentações financeiras, quando constatou que Chalub movimentou, entre janeiro de 2018 a maio de 2019, R$ 2.431.707 milhões da conta da Petro, em retiradas de dinheiro em espécie e transferências para sua conta pessoal e para a Líder Serviços.