Rainha Elizabeth II anuncia medidas para acabar com "cura gay" na Inglaterra
A rainha Elizabeth II, durante o discurso de abertura da nova sessão do Parlamento neste dia 11 de maio, disse que "serão apresentadas medidas para abordar as disparidades raciais e étnicas e banir a terapia de conversão", considerando que no Reino Unido ainda se pratica, em alguns locais, o que nós conhecemos como "cura gay".
Além disso, a rainha Elizabeth II anunciou alguns outros projetos que o primeiro-ministro, Boris Johnson, pretende aprovar nos próximos meses. Isso inclui investimentos em pesquisa, melhorias na educação e aceleração na criação de moradias, além adoção de um método que exige foto para comprovar identidade no momento do voto nas próximas eleições.
CURA GAY NO BRASIL
Em 1999, no Brasil o Conselho Federal de Psicologia publicou uma resolução voltada a homossexuais. No documento, o órgão passou a impedir medidas que forçassem gays e lésbicas a passarem por "tratamentos não solicitados". As informações vêm do blog de Joaquim Leães de Castro.
Em setembro de 2017, porém, um juiz do Distrito Federal determinou que o psicólogos poderiam tratar gays e lésbicas como doentes, podendo fazer terapias de "reversão sexual", sem sofrerem qualquer tipo de censura por parte dos conselhos de classe. Ele atendeu a uma ação movida por uma psicóloga evangélica que teve o registro profissional cassado por promover a "cura gay".
O conselho insistiu que esse tipo de tratamento representa "uma violação dos direitos humanos e não têm qualquer embasamento científico". Desde 1990, a homossexualidade deixou de ser considerada doença pela Organização Mundial da Saúde.
Em dezembro, o mesmo juiz federal do DF alterou a decisão que liberou a "cura gay". A decisão passou a prever que homossexuais "em conflito" poderão ser atendidos, mas que psicólogos não poderiam fazer propaganda de tratamentos. O Conselho Federal de Psicologia recorreu de ambas as decisões.