Delegado Pablo Oliva e sua mãe entre os investigados de operação da Polícia Federal

A Operação Seronato foi deflagrada na manhã desta sexta-feira (15); foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão

Delegado Pablo Oliva e sua mãe entre os investigados de operação da Polícia Federal

Manaus – A Polícia Federal (PF) no Amazonas deflagrou na manhã desta sexta-feira (15) a Operação Seronato, inaugurando a fase ostensiva de dois inquéritos policiais instaurados em janeiro e maio de 2019, respectivamente, para investigar as possíveis práticas de crimes como corrupção passiva, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Entre os alvos estão o deputado federal Pablo Oliva (PSL) e a mãe dele, Eda Maria Oliva Souza.

Foram cumpridos, em Manaus, seis mandados de busca e apreensão, todos expedidos pelo juiz da 2ª Vara Criminal Federal da Seção Judiciária do Estado do Amazonas. Um dos locais é o condomínio Jardim Vila Rica, localizado na Avenida Efigênio Sales, zona centro-sul, onde mora Eda Oliva Souza.

Além de Pablo Oliva, delegado de Polícia Federal atualmente licenciado, são investigados dois dos seus familiares, além de dois empresários e da ex-sócia de uma das empresas envolvidas.

As provas da materialidade delitiva e indícios de autoria colhidos ao longo do primeiro inquérito policial indicam que o policial federal teria se prevalecido do cargo ao fazer mau uso das informações obtidas durante a investigação que culminou com a Operação Udyat, deflagrada no ano de 2012, para viabilizar, de forma indevida, o agenciamento da venda de uma empresa pertencente a sua mãe pelo valor de R$ 500 mil.

Por meio da segunda investigação criminal, a Polícia Federal pretende esclarecer sobre as possíveis ocorrências de crimes de falsidade, favorecimento em razão do cargo e lavagem de dinheiro, em relação a fatos que envolvem a subcontratação, realizada por um consórcio de empresas que atuou na construção do Aeroporto Internacional de Manaus, para que a empresa registrada em nome da mãe do policial federal executasse o paisagismo do aeroporto, pelo valor de R$ 1,2 milhão.


A Operação Seronato investiga possíveis práticas de crimes como corrupção passiva, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro (Foto: Yago Frota/GDC)

O nome da operação é uma alusão às suspeitas de que um dos investigados teria se prevalecido do cargo policial para cometer fatos que tinha por dever reprimir.