Bolsonaro diz que governo vai buscar liberdade de Robson: "Será difícil passar o Natal em casa, mas não impossível"

Um dia depois de a Justiça russa diminuir a pena do brasileiro Robson Nascimento de Oliveira para três anos de prisão, o presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta [...]

Bolsonaro diz que governo vai buscar liberdade de Robson:

Um dia depois de a Justiça russa diminuir a pena do brasileiro Robson Nascimento de Oliveira para três anos de prisão, o presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta quinta-feira, 10, que o governo vai buscar a liberdade do ex-motorista do jogador Fernando. Segundo ele, o próximo passo seria uma deportação ou uma anistia de Robson pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, manobras que só poderiam ser buscadas após o julgamento dele. “Mantivemos contato via Itamaraty com as autoridades da Rússia e nos informaram que tinha que esperar o julgamento para o outro passo. Qual o outro passo que o governo federal pode e vai dar? É um colega nosso, um brasileiro, que está preso por algo que, se fosse no Brasil ou em vários países do mundo, não teria acontecido. Estamos buscando a liberdade dele”, disse Bolsonaro. “Torcia pela sua absolvição, mas ele foi condenado. Dei minha opinião, e o ministro [das Relações Exteriores] Ernesto vai decidir no tocante ao recurso. Mas isso também passa pelos advogados de Robson, e torcemos pelo melhor. Vai ser difícil ele passar o Natal em casa, mas não impossível”, completou o presidente, em transmissão ao vivo pelas redes sociais.

Inicialmente, a promotoria pedia uma condenação de cerca de 12 anos do ex-motorista. Robson deverá continuar na Rússia por pouco mais de um ano, já que está detido há um ano e nove meses. Ele foi preso por contrabando e tentativa de tráfico de drogas ao tentar levar o medicamento Mytedom, que é proibido no país europeu, ao meio-campista. Fernando, na época, defendia o Spartak Moscou. O remédio teria como destino final o sogro do jogador. “Fernandinho, o patrão dele, fez o que foi possível na época, mas não conseguiu evitar a prisão e ficou também muito triste”, afirmou Bolsonaro. No final de outubro, uma comitiva com com o senador Nelsinho Trad (PDS-MS), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, e a embaixadora Márcia Donner Abriu, foi enviada à Rússia. Na ocasião, eles entregaram uma carta assinada pelo presidente e endereçada ao presidente Vladimir Putin, pedindo a liberação do brasileiro.

Troca no Ministério do Turismo

O presidente também comentou sobre a troca no Ministério do Turismo, ocorrida nesta quarta-feira, 9. Gilson Machado, ex-presidente da Embratur irá substituir Marcelo Álvaro Antônio, que foi exonerado após brigar com o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, em um grupo de WhatsApp dos ministros do governo Bolsonaro. “Saiu Marcelo Antônio, que estava fazendo um bom trabalho, mas houve um problema e teve que sair. Ele continua amigo nosso e, no que pudermos ajudar, ajudaremos ele”, disse o presidente, negando um mal-estar com o ex-ministro.

Segundo Bolsonaro, muitas “mentiras foram publicadas pela mídia”, incluindo a informação de que Antônio teria saído para que o cargo fosse cedido a algum parlamentar do Centrão, grupo com o qual vem se aproximando. “Gilson estava na Embratur, é conhecido, não teve nada de negociação, não estava previsto. Quero deixar bem claro, quando o pessoal fala em Centrão, já integrei vários partidos”, explicou Bolsonaro, citando todas as legendas nas quais já foi parlamentar. “O partido tem influência no político, mas o partido é independente”, concluiu o mandatário. O ex-presidente da Embratur, que também participou da live, falou sobre a intenção de popularizar o turismo, e voltar o setor ao mercado interno, principalmente durante a pandemia da Covid-19. “Nosso País vai dar certo, através do turismo vamos fazer o Brasil dar certo. Em dezembro, 85% da malha aérea voltou a se recuperar. O turismo e o setor aeronáutico estão se recuperando como nunca”, disse o novo ministro.

Assista ao programa na íntegra: