Mourão nega que tenha recebido carta da Pfizer com oferta de vacinas

À CPI, ex-secretário de Comunicação do governo disse que carta ficou sem resposta por dois meses. Documento aponta cópia à Vice-Presidência

Mourão nega que tenha recebido carta da Pfizer com oferta de vacinas

O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) negou nesta quarta-feira (12/5) que tenha recebido cópia de carta da Pfizer encaminhada ao governo federal, no ano passado, com ofertas de doses de vacina contra a Covid-19.

Durante depoimento à CPI da Covid, nesta quarta, o ex-secretário de Comunicação do governo Fabio Wajngarten afirmou que uma carta enviada pela farmacêutica ao governo ficou sem resposta por dois meses.

A carta teria sido enviada ao governo em 12 de setembro do ano passado. Porém, Wajngarten afirmou que tomou conhecimento do documento apenas em 9 de novembro. O ex-secretário disse que apesar de não aparecer entre os destinatários originais, buscou contato com a empresa tão logo soube da oferta.

"Não veio cópia nenhuma para a Vice-Presidência, já falei isso hoje de manhã. Essa carta entrou direto no sistema da Presidência da República e repassou para quem julgou que eram os interessados – que foi a Casa Civil, o Ministério da Saúde e o Gabinete de Crise", declarou Mourão.

No documento, entretanto, o nome vice-presidente aparece entre os destinatários, bem como o nome do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e dos ministros Braga Netto (à época na Casa Civil), Eduardo Pazuello (então na Saúde) e Paulo Guedes (Economia).

Veja:

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Carta da Pfizer enviada ao governo federal, no ano passado, com oferta de doses da vacina

Carta da Pfizer enviada ao governo federal, no ano passado, com oferta de doses da vacina

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Carta da Pfizer enviada ao governo federal, no ano passado, com oferta de doses da vacinaReprodução

Carta da Pfizer enviada ao governo federal, no ano passado, com oferta de doses da vacina