Seduc paga R$ 4,7 mi à contratos suspeitos

Seduc paga R$ 4,7 mi à contratos suspeitos

Os pagamentos foram efetivados na gestão do secretário de Estado de Educação Luis Fabian Pereira Barbosa e, do total pago, em 2021, foram R$ 4.176.402,82 de anos anteriores e outros R$ 570.766,73 referentes a este ano.
A empresa Bento Martins de Souza tem ligação familiar com a empresa G. H. Macário Bento, alvo da operação

"Eminência Parda", deflagrada em junho de 2019 pela Polícia Federal. Na época, o delegado Alexandre Teixeira revelou que as investigações apuravam que a empresa do ramo de alimentos, era utilizada para desvios de verbas públicas destinadas a Saúde. Os valores eram desviados do Instituto Novos Caminhos e entregues pelo médico Mohamed Mustafa, administrador da empresa. Uma mulher, presa na operação, atuava como auxiliar direta do empresário e ajudava no recebimento do dinheiro.

Na última sexta-feira, 9, o GRUPO DIÁRIO DE COMUNICAÇÃO publicou matéria revelando que empresário ligado ao ex-governador do Amazonas José Melo, cassado em 2017 por compra de votos, ganhou "agrado" da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) em forma de pagamentos que totalizam R$ 7,6 milhões.

Os valores foram liberados em um único dia pela gestão do secretário de Estado de Educação, Luis Fabian Pereira Barbosa, no dia 15 de março, e realizados em quatro pagamentos à Aliança Serviços de Edificações e Transporte Ltda., cujo sócio proprietário é o empresário Francisco Sampaio Neves, o "Chaguinha".

Alvo de investigação da Polícia Federal (PF) em 2016, "Chaguinha" foi apontado, na época, como o operador de um esquema de corrupção para eleger Melo, em 2014. Segundo relatório da PF, a Aliança Serviços de Edificações e Transportes Ltda. – que doou R$ 600 mil, via comitê estadual, para a campanha eleitoral de reeleição do governador do Amazonas, José Melo (PROS) – multiplicou por dez o faturamento anual na Secretaria de Estado de Educação (Seduc). Desde 2010 até 2014, a empresa teria recebido R$ 180.843.071,30.