Secretários de educação defendem volta às aulas presenciais com medidas de segurança

Manifestação ocorre após secretários de saúde pedirem toque de recolher nacional e fechamento de escolas, bares e praias contra colapso da saúde na pandemia.

Secretários de educação defendem volta às aulas presenciais com medidas de segurança

O Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) emitiu nota nesta terça-feira (2) defendendo a volta às aulas presenciais, desde que sejam adotadas medidas de segurança de acordo com a situação local da pandemia.

A manifestação ocorre após secretários de saúde pedirem toque de recolher nacional e fechamento de escolas, bares e praias contra colapso da saúde.A nota manifesta "profunda preocupação com a defesa da 'suspensão das atividades presenciais de todos os níveis da educação do país'" e lembra que as escolas estão fechadas há quase um ano, "com graves prejuízos para aprendizagem e para os aspectos socioemocionais."

O Consed sugere que as autoridades sanitárias definam o modelo de ensino com segurança para alunos e professores, de acordo com a situação da pandemia em cada região do país.

Volta às aulas presenciais exige cuidados

Volta às aulas presenciais exige cuidados

Um levantamento feito pelo Jornal Nacional (veja no vídeo acima) aponta que, até segunda-feira (1º) 10 estados adotam o modelo híbrido de ensino, com parte dos alunos com aulas presenciais nas escolas e parte com aulas remotas, em casa, em sistema de rodízio. São eles: AL, CE, ES, MA, PE, RJ, SC, SE, SP, TO.

Outros três estados estão com as aulas presenciais suspensas temporariamente: GO, PR e RS.

Os demais seguem com aulas à distância.

Leia a nota na íntegra:

"O Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) manifesta sua profunda preocupação com a defesa da "suspensão das atividades presenciais de todos os níveis da educação do país". O Consed entende a realidade atual, no que diz respeito à pandemia da Covid-19, e compreende, também, que os cenários regionais são muito diferentes, mas lembra que a maioria das escolas brasileiras, especialmente na educação pública, está fechada há quase um ano, com graves prejuízos para aprendizagem e para os aspectos socioemocionais. O direito à vida e o direito à educação são inalienáveis, complementares e devem ser respaldados, nesse momento de crise pandêmica, em evidências científicas.

Em respeito à ciência, às condições e às diversidades locais, que por si só encaminham soluções diferenciadas para o problema, o conselho sugere que os comitês científicos, as autoridades sanitárias e os gestores educacionais, com a responsabilidade que lhes são outorgadas, definam, localmente, com serenidade, sobre o modelo organizacional de ensino nas escolas, com segurança para estudantes e profissionais, observando os possíveis prejuízos educacionais que podem penalizar milhões de estudantes brasileiros. "